terça-feira, 24 de novembro de 2009

Democracia em estado frágil

A fragilidade da democracia, implica uma reflexão sobre a actual sociedade e as suas formas de governação.
Admito a seguinte definição de democracia:  "é um regime de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos (Povo), directa ou indirectamente, por meio de representantes eleitos — forma mais usual." in Wikipedia.
É acreditando na democracia e na necessidade de a mesma evoluir, que vejo esta camada intermédia  que supostamente representa o povo, a falhar diariamente e diria que a todos os níveis. Fazem-nos crer que temos poder, força, voz e que os exercemos sobre a forma de um voto. Nada mais falso!
E com isto, ficamos refém de um poder que se tem vindo a solidificar, estrutura, ramificar e que actua sobre a forma dos Partidos Políticos.
Já agora admito também como definição de partido o conceito: "Organização de direito privado que, no sentido moderno da palavra, pode ser definido como uma "união voluntária de cidadãos com afinidades ideológicas e políticas, organizada e com disciplina, visando a disputa do poder político". in Wikipedia.
Pena é que a forma voluntária seja ultrapassada pela necessidade do "convite" para a entrada neste círculo restrito do partido...
Seria pois, necessária uma participação mais activa de todos e cada um de nós, no governo do nosso país, sendo que a representação seria sujeita a uma alteração profunda, promovendo a a intervenção directa de cada um nas decisões.
Só assim se conseguiria eliminar esta organização intermédia que só nos desorienta, onera, compromete, corrompe e pouco decide em favor do todo. Existam pois executantes da vontade do povo, que o povo cá estará para decidir que caminho percorrer e não um conjunto de 250 "funcionários de partidos", que vão definindo dia após dia a vida de cada um de nós. Sei que estou a ser injusto e haverá cerca de 20 mentes livres nos 250. Serão 15, 10 ou 5?
Se me perguntarem como conseguir esta interacção mais próxima dos cidadãos, apenas consigo, nesta fase, parafrasear José Régio: "...não sei para onde vou, só sei que não vou por aí."
No entanto é da reflexão e posterior discussão, que nascem as novas e boas ideias, as soluções e futuros modelos. Apostemos nisso!

sábado, 14 de novembro de 2009

Portugal - Preocupação Social ?!!!

Li, ainda que muito na diagonal, o programa do Governo Sócrates 2.0 para 2009 - 2013.
O início muito voltado para a mobilização e incentivo à recuperação da auto-estima dos portugueses... (já era assim no anterior), mas esperem aí! Como é que se consegue isto?
Bem a propósito, ainda hoje a caminho de casa, dizia a minha mulher "Sabes estava a falar com uns colegas espanhóis e no meio da conversa lá se disse que o salário mínimo em Portugal era de 450,00 €. Eles responderam como é que se vive com isso?"
Eu também pergunto o mesmo?
A CIP consegue responder?  E a AIP e AEP será que conseguem ou ainda estão preocupadas com a fusão?
O Sr. Van Zeller, Sr. Lopes e companhia Lda não quererão por acaso tentar viver 12 meses, vá, 6 meses com 450,00 € por mês? Seria um bom concurso, do género daquelas rádios que obrigavam as pessoas a viver num carro durante uma semana, para no final como prémio levar o próprio carro!
Ainda esta semana, o dono do maior número de mercearias de Portugal disse numa sessão de entrega de diplomas do MBA da EGP, que Portugal "precisa de empregos razoáveis e baratos, como forma de aumentar a coesão social". 
Onde é que esta gente vai buscar estas ideias?
Dá a clara sensação que estão desvairados e completamente à deriva, e como é mais fácil quebrar o elo mais fraco... então é por aí que se vai.
Ai Portugal, Portugal, uns tão bem e outros tão mal...