sexta-feira, 9 de abril de 2010

Capitalismo - essa ferida aberta

É óbvio que o capital é importante para o desenvolvimento das empresas, dos estados e dos respectivos negócios. Há alturas em que o recurso a capital é uma rampa importante para o crescimento, para impulsionar a rentabilidade e inclusive para gerar uma participação responsável ao nível social.
No entanto, o que se tem constatado, é que nos últimos anos esta importante componente, sobrepõe-se a tudo e a todos. Foco-me no todos e na componente humana que lhe está subjacente.
Muitas das vezes com o pretexto do crescimento e da valorização são ultrapassados todos os limites éticos e de responsabilidade perante a envolvente empresarial. Esta envolvente empresarial representa não só os accionistas, mas também os trabalhadores, fornecedores e por último, mas muito importante os clientes, que podem ter uma conotação diferente como utilizadores, utentes, pacientes, subscritores, consumidores, etc.
Pois é nesta franja, defino franja como a margem, o que está à volta e da qual excluo os accionistas, que se verifica o maior desrespeito. Seja pelo trabalho realizado, seja pela forma como muitas das vezes se negoceia ou pelo desprezo com que se trata o cliente.
Pede-se pois uma maior responsabilidade na justa distribuição do rendimento gerado, o chamado lucro.
Continuo a acreditar no modelo capitalista, mas não nesta forma selvática como está a ser aplicado.
Haja ponderação, bom senso e sobretudo equidade na distribuição do rendimento gerado, sendo que só desta forma se valoriza o capitalismo como modelo económico, mas também como modelo social que deveria ser.

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